quinta-feira, dezembro 09, 2010

Bar Brasil

Bar Brasil:

Inaugurado em 1907, o bar recebeu o nome atual após a Segunda Guerra. Antes, ele se chamava Bar Zepellin e pertencia a um grupo de austríacos. Em 1967, passou às mãos do espanhol José Riveira, que manteve o cardápio com influências da culinária alemã. E entre os quitutes ainda hoje servidos na casa estão o kassler (costela de porco defumada, acompanhada de salada de batata, chucrute ou à mineira); o mix de salsichas (com salsichão vermelho e salsichas branca, Frankfurt e suíça); e o joelho de porco, servido com chucrute e batata cozida. O chope gelado, tirado de uma serpentina centenária, também é uma tradição do local.



Horário de Funcionamento: Seg a sex, das 11h30m à meia-noite; sáb, das 11h30m às 18h
Cartão de crédito: Sim
Cartão de débito: Sim
Tipo de bar: Bar
Tipo de restaurante: Alemão



Miniatura Bar BrasilAvenida Mem de Sá, 90 Lapa Rio de Janeiro - RJ
barbrasil@globo.com
21  2509-5943  


Michel Filho Bar Brasil


Camilla Maia Bar Brasil




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Mas o que se passa na cabeça dessa garotada? O vetusto pensamento me ocorre sempre que cruzo a Mem de Sá com a Lavradio lá pelas sete da noite. Nessa hora, o coração da Lapa fervilha de jovens trabalhadores em happy hour, lotando os novos bares de filial que grassam por ali. E é isso que me incomoda: enquanto faz fila na porta da mediocridade, a turma do crachá no bolso ignora a existência — ali mesmo, naquela esquina — de um dos melhores bares do Rio. Tranqüilo, sereno, de portas abertas até as onze e sempre com mesas sobrando para quem quiser entrar.

Refiro-me, caro leitor, ao Bar Brasil.

Além do extraordinário pé-direito, é difícil dizer o que é maior no Bar Brasil: se a tradição ou a discrição. Afinal, a casa fez 100 anos em novembro, sem alarde. Por outro lado, é dona do melhor schnitt da Lapa (R$3,30, a caldeireta) e de inesquecíveis pratos alemães, servidos do mesmo jeito que eram feitos quando o lugar ainda se chamava Zeppelin, antes da Segunda Guerra.

O kassler com salada de batatas é um deles. Saboreá-lo enquanto se observa a decoração clássica e espartana, com geladeiras de madeira nonagenárias, colunas de ferro no centro do salão e hastes de pendurar chapéu nas paredes chapiscadas é uma viagem no tempo. Isso sem falar do patê de vitela no pão preto. Imperdível com um chope, melhor ainda com vários. E a unanimidade, coitada, a dez metros dali, comendo empada aberta requentada...



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1 Comentários:

Blogger As Tertulías disse...

Esta história está um pouco errada. O Bar Brasil pertencia aos meus avós Franz & Klara Leitner que o compraram antes da guerra. Meus avós eram austríacos, radicados no Brasil. Quando voltaram a viver na Austria o venderam para um garcon, um rapaz espanhol. Mas isto foi em 1958... nao seria bom consertar este erro? Caso necessite de mais informacoes, do cardápio à fotos... tenho muito material...
Estórias tambßem de como brasileiros extremistas, que nao sabiam a diferenca entre a Alemanha e a Austria (país que foi "anexado"/invadido pelos alemaes) entravam lá para quebrar tudo e tocar fogo... aí meu avo abria uma garrfa de qualquer coisa (devia ser de aguardente) e dava para eles... aí muitos se tornaram amigos depois de tantas cebracoes e até viraram clientes...
O cardápio transformou-se ao longo dos anos num"cliché brasileiro" sobre a comida alema. Originalmente a comida era austríaca e - muitas vezes - portuguesa, já que minha avó era encantada com os quitutes lusitanos... proncipalmente bacalhau!
Voce pode entrar em contato comigo via www.tertulhas.blogspot.com ou no Facebook (Perfil: Ricado Leitner)

sexta-feira, 14 de agosto de 2015 às 12:53:00 BRT  

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