quinta-feira, junho 23, 2011

Cavist - Ipanema

Cavist - Ipanema:

O restaurante localizado em Ipanema tem uma agradável varanda com vista para a Praça Nossa Senhora da Paz, parte do projeto da reforma que a casa dos irmãos Janine Sad e Alain Costa recebeu e que procura manter todo o estilo e a fachada do casarão de 1917.





Miniatura Cavist - IpanemaRua Barão da Torre, 358 Ipanema Rio de Janeiro - RJ

21  2123-7900  


Divulgação Cavist - Ipanema


Divulgação Cavist - Ipanema




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A melhor viagem que fiz pelo Piemonte foi com Danio Braga. Era época de trufas em Alba. As ruelas fervilhavam, os restaurantes transbordavam... Mas Danio conhece meia Alba: enquanto a turma amargava horas de espera por uma mesa, nosso grupo desfrutava dos melhores endereços e das mais finas iguarias. Num piscar de olhos. Em um desses jantares espetaculares, acabei cantando (imagina....) um trecho de “La donna è mobile”, de Verdi, com um cantante desconhecido e simpaticíssimo. Só na saída fui saber que se tratava do signore Batasiolo, o dono da vinícola cujos barolos desfrutamos até a última gota. Não esqueço da noite, nem do vinho. Sempre que posso, peço o Batasiolo, conto essa história, mas não canto.

Foi o que fiz na semana passada, quando dividi com duas amigas uma mesa na varanda do novo Cavist (antiga Expand), em Ipanema. A casa, depois de uma obra genial, ganhou uma varanda no segundo andar, de cara para a Praça Nossa Senhora da Paz. Obra sem avançar um milímetro na calçada (bravo!). O lugar está delicioso. Tomar o Batasiolo 2006 (R$ 90) ao ar livre — envoltas em pashminas macias e perfumadas, emprestadas pela casa — foi um acerto.

Cavist (mas com “e”) é como os franceses chamam os pequenos comerciantes de vinho. Ademil Costa, o dono dali, está há três décadas nesse ramo; a filha Janine, sua parceira, também tem estrada. São nossos cavistes, já que comercializam bons rótulos e vendem ali com preço de loja. Em alguns casos, faz uma boa diferença no valor. Além dos vinhos bons, a Cavist tem uma cozinha farta em “beliscos” (e não tapas, mania da vez). Provamos a saladinha de frutos do mar, que tirando o polvo borrachudo, é delicada (R$ 36); o escondidinho de bacalhau com feijão preto (R$ 33), que, acredite, é um achado; a polenta no forno com gorgonzola (R$ 23); o creme de abóbora com gengibre e camarão, o mais fraco da rodada (R$ 24), e shiitakes adoráveis no azeite (R$ 27). Depois do Batasiolo, baixamos o padrão: tomamos um bom malbec de menos de R$ 50.

Noite deliciosa, não fosse a vizinha Baronetti: da nova varanda do Cavist, agora se tem a exata dimensão do quanto a boate (há tempos) comeu a calçada. Engoliu até uma amendoeira. Pode?



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