Rio de Janeiro

Brasil

segunda-feira, outubro 05, 2009

Pavão Azul II

Pavão Azul II:

O cliente chega na maior humildade, quer saber quais são os preços dos petiscos e dos pratos do lugar, e então pede, naturalmente, o cardápio. Só que não tem cardápio. No duro, no duro, tudo bem. Pé-sujo que se preza não tem cardápio mesmo — a negociação tem que ser cara a cara com o garçom. O Pavão Azul, aliás, é reincidente no tema, pois já tinha sido o mais votado, na mesma categoria, Pé-sujo, no Prêmio Rio Show de Gastronomia de 2007. E agora em 2009, viva, também foi indicado para boteco pé-limpo do ano. O lugar é acanhado, metade das cadeiras fica na calçada, ao ar livre, mas que ninguém pense que existe a possibilidade de ter a bolsa ou a carteira larapiada — pois o Pavão fica a 20 metros da delegacia, no caso a 12, na Rua Hilário de Gouveia. Há dois meses, abriu-se uma filial mais perto ainda, na esquina da Hilário com a Barata Ribeiro. Os carros da Polícia Civil ficam estacionados em frente. Tudo no Pavão Azul parece improvisado, tudo é muito simples, todo mundo à vontade, sem frescuras. Algumas mesas são de madeira, mas outras são de ferro, apertadinhas, pedindo licença para as paredes. As cadeiras, por sua vez, são de plástico. O banheiro fica atrás do depósito de engradados de cerveja, a descarga é na cordinha e o papel higiênico, veja só, é preso lá em cima, a quase dois metros de altura. O clima, vê-se, é informal toda vida. E isso é que é o bom. Os garçons são uma simpatia, Vera Afonso, a dona, está sempre por lá (dividindo-se entre a sede e a nova filial, mais ajeitada, especializada apenas nos petiscos), e o que importa é mesmo o papo que rola solto nas mesas. Para o almoço, tem ainda rabada e feijoada. Mas o campeão de vendas é o risoto. Não à toa, é o único prato servido na nova filial. Aliás, um parêntese para se contar uma curiosidade da filial. (Ela foi erguida onde antes funcionava uma Emagrecintas. A loja mudou de endereço, mas a dona pediu a Vera que desse uma força, divulgando, como pudesse, a mudança aos antigos clientes. A solução foi b



Horário de Funcionamento: ter a dom, das 16h à meia-noite
Aceita cheque: Sim.
Espaço para fumantes: Sim.
Cartão de débito: Sim.
Acesso para deficiente: Sim.
Tipo de bar: Bar



Miniatura Pavão Azul IIbarata Ribeiro, 348 Copacabana Rio de Janeiro - RJ

   


Ana Branco Pavão Azul II




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Pavão Azul

Pavão Azul:

Conhecido pelo chope e pela cerveja gelados, o tradicional boteco é frequentado por artistas como a atriz Taís Araújo e o pianista João Donato. O cardápio traz petiscos como pasteis de queijo com tomate-seco, croquetes de carne e bolinhos de bacalhau sem batata.



Horário de Funcionamento: Seg a sáb, do meio-dia à meia-noite; dom, do meio-dia às 23h
Cartão de débito: Sim.
Tipo de bar: Bar
Aceita cheque: Sim.



Miniatura Pavão AzulRua Hilário de Gouveia, 71 Lojas A e B Copacabana Rio de Janeiro - RJ

21  2236-2381  


Fábio Seixo Pavão Azul


Ana Branco Pavão Azul


Divulgação Pavão Azul




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É patanisca, caro leitor, o que você vê fumegante na foto aí do lado. Uma iguaria típica de Portugal, porém rara, raríssima, na baixa gastronomia carioca. Herdada dos legítimos balcões lisboetas, trazida para cá pela tradição do boca a boca, a patanisca é feita de nada além de bacalhau desfiado, acrescido de alguns temperos secretos, um bom banho de óleo quente e mais nada. Sem batata, farinha ou qualquer outro artifício comumente usado para baratear a linha de produção dos bolinhos de bacalhau. Simples e delicioso, o petisco é puro ouro culinário, que no Rio pode ser garimpado no balcão do bom e velho Pavão Azul, em Copacabana. E o que é melhor: a R$1,20, a unidade.
O boteco, pequeno e familiar, sem cardápio nem cozinha, é comandado por Vera e Bete, duas irmãs portuguesas de pulso forte e simpatia a toda prova. Cabe a Bete a responsabilidade pelas pataniscas, fritas sempre na hora, à vista do freguês, numa velha frigideira doméstica. Parece trivial mas, uma vez no prato, a experiência é única. As pataniscas derretem na boca. O problema é que sempre levam consigo o segredo do tempero mágico. A solução, então, é pedir mais uma, e mais uma...
Não por acaso, nos fins de semana mais movimentados o Pavão Azul chega a vender 400 pataniscas numa noite. Mas o acepipe não é o único sucesso da casa, que também tem especial apreço pelos pratos à base de camarão. Principalmente o pastel, bom no sabor e imbatível no preço (só R$1, a unidade).
O risoto de camarão (R$16) também é afamado, tanto que é o prato mais vendido nos dias de semana. Aos sábados, porém, quando o Pavão Azul é tomado por almoços familiares nas mesinhas improvisadas na calçada, o arroz de polvo (R$17) e a rabada (R$12) são as estrelas. Ou quase, já que, na modesta opinião deste colunista, o que mais brilha no bar está na foto aí do lado. Visite o blog do Juarez Becoza



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