Rio de Janeiro

Brasil

quarta-feira, junho 29, 2011

Fogo de Chão

Fogo de Chão:

Já provou shoulder? Sim, ombro, em inglês. Pois saiba que esse é um dos cortes mais nobres entre as muitas peças de carnes que rodopiam agora pelos salões da novíssima Fogo de Chão, churrascaria paulista que acaba de aportar na Praia de Botafogo (R$ 92, o rodízio). A vista não tem acompanhamento melhor. (Luciana Fróes)



Horário de Funcionamento: Seg a sexta, do meio-dia às 16h e das 18h à meia-noite; sáb, do meio-dia à meia noite; dom, no meio-dia às 22h30m.



Miniatura Fogo de ChãoAv. Repórter Nestor Moreira s/nº Botafogo Rio de Janeiro - RJ

21  2279-7117  


Mônica Fogo de Chão




Mostrar mapa ampliado

Marcadores: , ,

quinta-feira, junho 23, 2011

Cavist - Ipanema

Cavist - Ipanema:

O restaurante localizado em Ipanema tem uma agradável varanda com vista para a Praça Nossa Senhora da Paz, parte do projeto da reforma que a casa dos irmãos Janine Sad e Alain Costa recebeu e que procura manter todo o estilo e a fachada do casarão de 1917.





Miniatura Cavist - IpanemaRua Barão da Torre, 358 Ipanema Rio de Janeiro - RJ

21  2123-7900  


Divulgação Cavist - Ipanema


Divulgação Cavist - Ipanema




Mostrar mapa ampliado



A melhor viagem que fiz pelo Piemonte foi com Danio Braga. Era época de trufas em Alba. As ruelas fervilhavam, os restaurantes transbordavam... Mas Danio conhece meia Alba: enquanto a turma amargava horas de espera por uma mesa, nosso grupo desfrutava dos melhores endereços e das mais finas iguarias. Num piscar de olhos. Em um desses jantares espetaculares, acabei cantando (imagina....) um trecho de “La donna è mobile”, de Verdi, com um cantante desconhecido e simpaticíssimo. Só na saída fui saber que se tratava do signore Batasiolo, o dono da vinícola cujos barolos desfrutamos até a última gota. Não esqueço da noite, nem do vinho. Sempre que posso, peço o Batasiolo, conto essa história, mas não canto.

Foi o que fiz na semana passada, quando dividi com duas amigas uma mesa na varanda do novo Cavist (antiga Expand), em Ipanema. A casa, depois de uma obra genial, ganhou uma varanda no segundo andar, de cara para a Praça Nossa Senhora da Paz. Obra sem avançar um milímetro na calçada (bravo!). O lugar está delicioso. Tomar o Batasiolo 2006 (R$ 90) ao ar livre — envoltas em pashminas macias e perfumadas, emprestadas pela casa — foi um acerto.

Cavist (mas com “e”) é como os franceses chamam os pequenos comerciantes de vinho. Ademil Costa, o dono dali, está há três décadas nesse ramo; a filha Janine, sua parceira, também tem estrada. São nossos cavistes, já que comercializam bons rótulos e vendem ali com preço de loja. Em alguns casos, faz uma boa diferença no valor. Além dos vinhos bons, a Cavist tem uma cozinha farta em “beliscos” (e não tapas, mania da vez). Provamos a saladinha de frutos do mar, que tirando o polvo borrachudo, é delicada (R$ 36); o escondidinho de bacalhau com feijão preto (R$ 33), que, acredite, é um achado; a polenta no forno com gorgonzola (R$ 23); o creme de abóbora com gengibre e camarão, o mais fraco da rodada (R$ 24), e shiitakes adoráveis no azeite (R$ 27). Depois do Batasiolo, baixamos o padrão: tomamos um bom malbec de menos de R$ 50.

Noite deliciosa, não fosse a vizinha Baronetti: da nova varanda do Cavist, agora se tem a exata dimensão do quanto a boate (há tempos) comeu a calçada. Engoliu até uma amendoeira. Pode?



Marcadores: , , , ,

quarta-feira, junho 15, 2011

Alcaparra




Alcaparra:

Instalado na Praia do Flamengo desde 1992, o restaurante oferece uma variedade de pratos de cozinha internacional com toques brasileiros. O ambiente térreo, dividido em lobby, bar e salão, leva a assinatura do arquiteto Gilles Jacquard, com objetos em linho e madeira de lei, que ganham luz natural vinda das janelas envidraçadas. O menu é eclético e inclui saladas caesar e tropical, codorna com shiitake e nhoque de camarão, além do carro-chefe da casa, o medalhão à Chandon: carne grelhada ao vinho, presunto, ervilhas e cebola com arroz no próprio molho. Para a sobremesa, algumas das opções são a manga flambada e o petit gateau.

Entre os dias 21 de junho a 21 de agosto de 2011, o restaurante oferece o festival de risotos, que inclui oito versões do prato, por um preço único: R$ 43. Entre as opções estão o risoto de polvo, de rabada e de frutos do mar.




Horário de Funcionamento: Diariamente, do meio-dia à 1h
Cartão de crédito: Sim.
Cartão de débito: Sim.
Reserva: Sim.
Tipo de restaurante: Internacional
Estacionamento: Sim.
Manobrista: Sim.



Miniatura AlcaparraPraia do Flamengo, 150 Flamengo Rio de Janeiro - RJ
21  2558-3937 / 2557-7236  
Alcaparra thumbs






Divulgação Alcaparra


Divulgação Alcaparra


Divulgação Alcaparra


Divulgação Alcaparra


Divulgação Alcaparra




Mostrar mapa ampliado




O que mais me chamou a atenção ao adentrar no Alcaparra foi o seu ambiente típico de decorador, um profissional que anda sumido do cenário gastronômico carioca. Hoje, o arquiteto acumula essa função. Na casa do Flamengo — que está completando 18 anos, o que não é pouco para o perfil que tem e para os padrões de sobrevivência dos restaurantes do Rio —, quem cuidou de cada detalhe do salão e do bar foi o francês Gilles Jacquard, decorador, pintor e designer cuja estética imperou nos anos 1990. Eu me senti acolhida e confortável.

Com o cardápio acontece algo semelhante: a seleção de pratos em cartaz remete a sucessos de casas que não existem mais: Le Bec Fin, Monte Carlo, Le Streghe... São receitas até questionáveis — algumas puxadas em molhos e cremes, típicas de uma época em que ninguém temia o colesterol —, mas tão familiares como as paredes revestidas em tecido floral dali. Permanecem firmes e fortes graças a uma leva de garçons que passou por essas cozinhas e hoje toca seus próprios espaços. Caso de D’Amici, Terzetto, Santa Fé e do próprio Alcaparra, entre outros.

A casa do Flamengo nunca foi “linhíssima” de frente, mas tem o mérito de oferecer uma cozinha correta e constante há quase duas décadas. Coisa rara. Tem um almoço como poucos, uma concentração de PIB invejável por conta de sua vizinhança farta em empresas, como a de Eike Batista. Mas fui ali numa noite de casa adoravelmente vazia (e de PIB zero!). Pedimos crepe de salmão fresco com creme azedo (R$ 24,49), salada com camarões, mexilhões e laranja (R$ 33,15), mignonnette com alcaparras e espaguete (R$ 49,63) e peixe com molho de maracujá (R$ 69,98). Nada a reclamar. Talvez das cifras que, assim como nos tempos do Le Bec Fin, são aquecidas em réchaud. A turma aprendeu mesmo a lição.



Enhanced by Zemanta

Marcadores: , , , ,

Blue Agave

Blue Agave:

Comandado por dois chefs americanos, o bar tem inspiração no México, que aparece tanto no nome - de uma planta usada na fabricação da tequila - quanto no enxuto cardápio. O menu reúne iguarias como nacho agave (porção de tortilha coberta por molhos salsa e sour cream, queijo derretido, carne moída, feijão-preto, alface e guacamole) e burrito de carne de porco. Para beber, a casa oferece drinques como margherita e caipirinha, além das cervejas.



Tipo de bar: Bar
Horário de Funcionamento: Diariamente, do meio-dia às 2h
Cartão de crédito: Sim.
Cartão de débito: Sim.



Miniatura Blue AgaveRua Vinicius de Moraes, 68 Ipanema Rio de Janeiro - RJ
http://www.blueagaverio.com
21  3592-9271  
Blue Agave thumbs


Divulgação Blue Agave




Mostrar mapa ampliado



É só a temperatura cair a níveis de verão norueguês para neguinho acreditar que “tomar um vinhozinho” ou “comer um fonduezinho” é o máximo da sofisticação. Não é, lamento. Pois bem, com o frio que se abateu sobre a cidade (amo este clichê), busquei algo mais caliente que vinho ou fondue. Encontrei o que procurava no Blue Agave, bar mexicano aberto há um ano e meio em Ipanema pelos americanos Jason Galeria e Richard Nelson.

Fui parar lá com um camarada de dimensões avantajadas como as minhas. Na prática, isto significou uma mesa na calçada, já que os bancos altos do pequeno salão não nos acomodariam com conforto. Da rua, pudemos observar o bar como quem vê um filme. E vimos que é ponto de encontro de gringos perdidos nos trópicos. Vimos, também, luzes coloridas na fachada, madeiras escuras e iluminação suave. Menos suave era a música, alta demais para quem quer conversar. Nada que nos impedisse de aproveitar pratos condimentados e tequila — obrigado, friozinho!

Os pratos se materializaram na forma de um delicioso burrito (R$ 14) para mim e de um taco macio com carne para meu amigo, com direito a tijelinha de molho de tomate à parte (R$ 8). Entusiasmado, acrescentei enchiladas à minha degustação. Servidas com arroz e feijão, a R$ 20, arremataram o lado “comes” com louvor. Para beber, claro, tequila (entre R$ 9 e R$ 19 a dose).

Conversando com Jason, soube que ele cresceu na Califórnia à base de comida chicana. E tenta se manter o mais fiel possível à tradição do país hermano. Para a nossa sorte, atingiu seu objetivo.





Blue Agave - http://www.blueagaverio.com

Marcadores: , , , , ,

quarta-feira, junho 08, 2011

Bar da Adelina

Bar da Adelina:

Um dos últimos pés-sujos genuínos da Zona Sul, o bar possui aparência simples, com paredes de madeira pintadas de amarelo e vermelho, mas serve PFs fartos e gostosos, com destaque para o empadão de frango das sextas-feiras. No último sábado de cada mês, há também uma tímida (por causa das queixas de barulho) roda de samba. E em qualquer dia da semana, a cerveja a R$ 3 conquista os fregueses que já não acham mais "pechincha" semelhante na região.



Horário de Funcionamento: Seg a qui, das 10h às 18h; sex e sáb, das 10h às 22h
Cartão de crédito: Sim.



Miniatura Bar da AdelinaRua Rodrigo de Brito 39 Botafogo Rio de Janeiro - RJ

21  2543-9375  


Divulgação Bar da Adelina


Divulgação Bar da Adelina




Mostrar mapa ampliado



A tarde de outono caía rápido quando cheguei ao bar de aparência franciscana e paredes de madeira pintadas de amarelo e vermelho. No salão quase vazio, um grupo de belas senhoras conversava animadamente. Pedi licença. Fui recebido com carinho por uma delas, que não tardei a perceber tratar-se da dona. Assim foi, algumas semanas atrás, meu primeiro e tardio contato com o Bar da Adelina, um dos últimos pés-sujos genuínos da Zona Sul, referência para a turma do samba, da cerveja sem frescura e da comida honesta.

O Bar da Dona Adelina quase não tem decoração. Além das flores de plástico, as paredes ostentam, pendurados, um violão e um cavaquinho. Doações de amigos e disponíveis para quem quiser tocar. Todas as tardes, depois do almoço concorrido de fartos PFs (o empadão de frango das sextas é realmente especial), o bar não serve nada além de bebida, boa conversa e um sambinha eventual. Muito mais que negócio lucrativo, ali é um refúgio para vizinhos e amigos, e uma razão de viver para essa luso-brasileira de conversa e humor afiados, que há nove anos herdou um bar velho, sem móveis, carregado de dívidas e cheio de baratas. Hoje, mesmo sem qualquer recurso, sua casa é cultuada pelos sambistas da Zona Sul.

É verdade que os famosos sambas dos últimos sábados do mês andam discretos, por causa das queixas de barulho. Mas a música sempre ecoa por lá nas tardes de fim de semana. E com a cerveja a R$ 3 — talvez a mais barata da Zona Sul — o som é sempre cristalino. E as paredes, ainda mais coloridas.



Marcadores: , , , ,

quarta-feira, junho 01, 2011

Caffè Olé

Caffè Olé:

Instalado num prédio antigo da Rua Luis de Camões, o bar tem pé-direito alto e uma decoração bem cuidada, que harmoniza com o sebo Letra Viva, com quem divide espaço. O cardápio é assinado pelo proprietário e chef Mike Schadrack, um alemão que administra o lugar com o seu parceiro, o espanhol Pedro Aranda, e oferece massas frescas, saladas, tapas e bons sanduíches.



Horário de Funcionamento: Seg a sex, das 9h às 20h
Cartão de crédito: Sim.



Miniatura Caffè OléRua Luis de Camões 2 Centro Rio de Janeiro - RJ
http://www.caffeole.com.br
21  2509-7331  
Caffè Olé thumbs


Divulgação Caffè Olé


Divulgação Caffè Olé




Mostrar mapa ampliado



Cansei de esperar pela revitalização da Praça Tiradentes. Há tempos, escrevi até uma matéria no melhor espírito “agora vai” neste prestigioso caderno e... nada. Digo isso porque amo o Centro, tão menos posudo e mais interessante que a ZS. Aliás, o Centro, não; os Centros: não dá comparar Lapa com Cinelândia ou Rua do Lavradio com Praça Quinze. Sábado passado, por conta de amigos que estão expondo no FotoRio, voltei à Tiradentes. Fui à galeria Largo das Artes, instalada num daqueles sobrados que só o Centro tem. Pois sob a galeria fica o magnífico Caffè Olé.
E era aí que eu queria chegar. O Caffè Olé me faz acreditar até na volta da Tiradentes ao esplendor. Aberto há um ano pelo alemão Mike Schadrack e seu companheiro, o espanhol Pedro Aranda, fica no meio do sebo Letra Viva. Convenhamos: no Rio, é rara a experiência de se tomar um drinque cercado por estantes de livros num sobrado com pé-direito vertiginoso e decoração que mistura, sem afetação, modernidade e tradição. Gostei antes de comer ou beber.


Quando comi e bebi, me apaixonei. Sente só o sanduba Espanhol: omelete de batata e cebola frita no pão perfumado de tomate e azeite (R$ 13,90). As quiches custam R$ 7. Tudo bom, bonito e barato. Por contrato, Mike não vende cachaça e similares. Mas drinque pode, por R$ 15. Não ter cachaça, a gente releva. Pena é o Caffè abrir só nos fins de semana quando rola evento na galeria. Fica o pedido.

Caffè Olé: Rua Luis de Camões 2, Centro — 2509-7331. Seg a sex, das 9h às 20h. C.C.: Nenhum.





Caffè Olé - http://www.caffeole.com.br

Marcadores: , , ,