Rio de Janeiro

Brasil

quarta-feira, maio 25, 2011

Roberta Sudbrack

Roberta Sudbrack:

Mesclando cozinha contemporânea com tempero e ingredientes legitimamente brasileiros, a premiada chef Roberta Sudbrack comanda as caçarolas de seu restaurante, em charmosa casa no Jardim Botânico, desde 2005. Experiência não lhe falta: ela foi a primeira chef a comandar a cozinha do Palácio da Alvorada, em Brasília, durante o mandato do presidente Fernando Henrique Cardoso. A gaúcha faz releituras de pratos bem brasileiros, como a farofa de banana.

Hoje, da ampla cozinha envidraçada, localizada no segundo andar, saem pratos como burrata com filé de tomate marinado e entradas como tartare de abóbora. A carta de vinhos dispõe de cerca de 222 rótulos. Com decoração de Chicô Gouveia e iluminação de Maneco Quinderé, o ambiente exibe nada menos que móveis assinados por Sérgio Rodrigues.

NO VÍDEO, a chef ensina a fazer curau com caviar.



Horário de Funcionamento: Ter a qui, das 19h30m à meia-noite; sex, do meio-dia às 15h e das 20h30m à meia-noite; sáb, das 20h30m à meia-noite
Tipo de restaurante: Brasileiro
Aceita cheque: Sim.
Cartão de crédito: Sim.
Cartão de débito: Sim.
Manobrista: Sim.



Miniatura Roberta SudbrackRua Lineu de Paula Machado, 916 Jardim Botânico Rio de Janeiro - RJ
http://www.robertasudbrack.com.br
21  3874-0139  
Roberta Sudbrack thumbs


Divulgação Roberta Sudbrack


Cora Rónai Roberta Sudbrack


Divulgação Roberta Sudbrack


Ana Branco Roberta Sudbrack




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Já contei aqui que sou uma das juradas do ranking dos Melhores Restaurantes do Mundo. Já contei também que o melhor do mundo, o dinamarquês Noma, definitivamente não é o melhor do mundo. Admito que é divertido comer um mexilhão de 36 anos (mesmo desconfiando da sua idade) e encarar dois camarões vivinhos da silva, mexendo as perninhas — o que me levou a declinar da experiência de saboreá-los. Toda essa introdução é para contar que depois de provar do novo cardápio da Roberta Sudbrack, confirmei o que já sabia: a cozinha da chef nada deixa a dever às melhores do mundo.

É caro? É, bastante. Mas não mais que o nórdico bicampeão Noma. Ou que o paulista D.O.M, do chef Alex Atala, que bravamente abocanhou a sétima posição. O menu de nove pratos de Sudbrack sai por R$ 240. No Noma, pelo mesmo número de serviços, desembolsei o equivalente a R$ 430. No D.O.M, coisa de R$ 400. E, quer saber, sem qualquer bairrismo: as últimas da Sudbrack deixaram os dois no chinelo.

Foram nove pratos salgados e uma sobremesa, pequenas obras de artes servidas em Limoges brancos, que me levaram a comer de óculos para tentar identificar o que eram aquelas maravilhas que eu tinha na boca. Um galho micro de tomilho aqui, dois pontinhos de orégano ali, um espocar de flor de sal acolá... Leo Jaime, músico e parceiro de mesa, foi mais sagaz do que eu: o que era aquela poerinha com gosto de mar sobre a manga grelhada? Pó bottarga! E o >ita<croc no céu da boca? Grãos de quinoa fritos! A tal da “clementina” que vinha estampada na plaquinha de identificação do prato (todos chegaram dessa forma) era a boa e velha tangerina, que saiu de cena desde o advento da polkan. Foi ela quem imprimiu um cítrico elegante às lascas de cogumelos carnudos, que lembravam um polvo, servidas com uma poeira de parmeggiano.

O robalo veio com milho doce e canjica; o foie gras, com um biscuit de pele de milho e semente de figo; a galinha caipira foi servida em garrafas de vidro, um consomê da ave que ensopava um purê de batatas com consistência de marshmallow. A costela espetacular chegou com milho e banana; e o atum, ora, ora, trouxe uma inusitada barba de milho (lembra?) marinada. Bravo, bravíssimo! Comida, diversão e arte pelas mãos de uma mestre que merece, mais do que nunca, estar entre os melhores do mundo.





Roberta Sudbrack - http://www.robertasudbrack.com.br

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Bar da Nalva

Bar da Nalva:

Também conhecida como Ladeirinha, o bar é espaçoso e foi recentemente reformado, comportando agora 40 mesas, além dos boêmios que não dispensam tomar sua cerveja gelada em pé, na calçada. O local também oferece música ao vivo e participou este ano do concurso Comida di Buteco com um petisco bem mineirinho: a Carne Seca do Oriente,  feita com iscas de carne seca empanadas com molho especial.



Horário de Funcionamento: Segunda a sexta-feira, das 8h à meia-noite; sábado, das 8h às 2h
Cartão de crédito: Sim.



Miniatura Bar da NalvaRua Sílvio Romero 8 loja 22 Lapa Rio de Janeiro - RJ

21  2509-4717  


Leonardo Aversa Bar da Nalva


Marcos Pinto Bar da Nalva




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Você chega lá, caro leitor, e não dá nada. Parece só mais um daqueles bares que se aproveitam do fato de estarem perto da Lapa para drenar os clientes que vazam pelas bordas da Mem de Sá. Mas persevere. O Bar da Nalva, na Rua Silva Romero, tem encantos próprios. Que começam pela proprietária. Imigrante, Nalva Gomes virou dona de botequim meio que por acaso. Anos atrás, quando chegou ao Rio vinda de Pernambuco, arrumou emprego num bar, logo ali do lado. Foi ficando, foi ficando, acabou virando chefe. Com outros sócios, alugou também a loja do lado, cresceu e se estabeleceu.

Hoje o bar grande, com mais de 40 mesas e recentemente reformado, lota de quinta a domingo. Daquele jeito típico de botequim da Lapa: com muito vaivém, gente bebendo em pé e uma programação intensa de música ao vivo. A casa — também conhecida como Ladeirinha — já virou referência para quem gosta de correr a cidade atrás de boas e novas rodas de samba e choro.

Não é lugar para quem quer paz, evidentemente. Mas, no meio do burburinho e dos engradados de cerveja empilhados, tem comida também. E da boa. A isca de carne-seca empanada, para mim, é a melhor opção. Mas o excelente pastel de camarão e a coxinha farta e caprichada mostram que, definitivamente, ali não é um boteco qualquer.



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quinta-feira, maio 19, 2011

Paxeco Bar

Paxeco Bar:

Situado no terraço do restaurante Couve Flor, no Jardim Botânico, com vista privilegiada para o Cristo Redentor, o Paxeco Bar foi inaugurado em 7 de janeiro de 2011 pelos empresários Marcos Pinto e Lourdes Brandão (ela assina o cardápio e a decoração do local). A casa conta com a maior parte das mesas ao ar livre e tem as palmeiras do Jardim Botânico como pano de fundo.





Miniatura Paxeco BarRua Pacheco Leão, 724 D Horto Rio de Janeiro - RJ

21  3114-8710  


Divulgação Paxeco Bar




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Devo ter sido uma das últimas pessoas deste planeta a aderir ao Facebook. Pois aderi, embora ande tímido e brincando pouco. Na manhã da segunda-feira passada, lá estava eu no fêice, pinto no lixo diante de copos de cerveja. Era para ser revelado aqui, mas as tais novas mídias não me permitem mais o recato (!) com que sempre levei a vida. Sim, eu fui ao Paxeco, bar que queria conhecer há tempos (abriu em janeiro), mas que, por força das circunstâncias, foi sendo adiado para quando Deus desse bom tempo.

E Deus foi generoso com Isabel L., a dona da festa, oferecendo lua e estrelas. Situado no terraço do restaurante Couve Flor, no Horto, o Paxeco tem uma vista inacreditável: das palmeiras imperiais do Jardim Botânico ao Cristo, passando pelas montanhas do Sumaré e pela floresta. É uma daquelas dádivas cariocas que precisam ser incluídas na sequência de “Rio” (alguém duvida?). E ainda tem o charme da decoração bem cuidada e da luz quente e acolhedora.

Araras-azuis não bebem, claro. Eu, em compensação, não tenho restrições. Me esbaldei com caipivodca nacional (R$ 15) e bloody mary (igualmente brazuca, a R$ 14). Provei, também, os rolinhos de shimeji (R$ 27, a porção para dois) e a linguiça recheada com mozzarela de búfala (R$ 27). E fiquei impressionado com o serviço. Popular como ela só, Isabel L. levou uma galera vasta ao bar. Mesmo assim, os eficientíssimos garçons não deixaram a peteca cair, esvaziando cinzeiros e atendendo a pedidos em poucos minutos. Por algumas horas, me senti naquela cidade de sonho da tela de cinema.



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quinta-feira, maio 12, 2011

Castelinho do Flamengo

Castelinho do Flamengo:

Fosse o Rio Paris, ele seria chamado de “bistrô de bairro”. Mas aqui, onde os restaurantes de vizinhança nunca são valorizados se não posarem de chiques e cobrarem preços extorsivos, o Castelinho do Flamengo não passa de uma casa quase esquecida entre uma loja de material de construção e um delivery de pizza numa rua movimentada. Mas que há mais de 30 anos serve uma comida honesta e muitas vezes surpreendente, num clima de restaurante popular que quase não existe mais nessa profusão de bufês a quilo que se tornou o Rio de Janeiro.

Apesar do nome, o Castelinho não é nada opulento. A porta de vidro e o ar condicionado não escondem que seus garçons de terno branco puído transitam entre um balcão de tijolinhos — com caixas de laranja e nacos de carne-seca pendurados no teto — e mesas parcamente arrumadas que dificilmente recebem comensais desconhecidos.

Mas a clientela cativa conhece bem os segredos do Castelinho. Que começam logo na entrada, com a cestinha gratuita de torradinhas sempre frescas com manteiga. Que podem continuar com surpresas como o ótimo paillard de filé com fettuccine ao molho branco (feito com creme de leite, sem queijo), a lasanha honestíssima que dá para dois, ou ainda os croquetes estilo Casa do Alemão, feitos caprichosamente. E terminar no cafezinho servido de graça. É ou não é coisa de “bistrô de bairro”?





Miniatura Castelinho do FlamengoRua Marquês de Abrantes 203 Aterro do Flamengo Rio de Janeiro - RJ

   


Leonardo Aversa Castelinho do Flamengo




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quarta-feira, maio 11, 2011

Leviano Bar

Leviano Bar:

Não se deixe levar pelo nome: o Leviano Bar, inaugurado em março de 2011, na Lapa, é coisa séria. Com vista para os dois lados dos Arcos da Lapa e também para a Catedral Metropolitana e a Fundição Progresso, conta com uma cozinha que acena com atrações como pastel de moqueca de frutos do mar ao vinagrete de pimenta-de-cheiro, bolinho de feijoada ao molho picante com laranja e cubos de coalho empanados com geleia de goiabada e gengibre. Entre os pratos principais, destaque para o nhoque de baroa ao ragu e o risoto de rabada desfiada com agrião. Para fechar, brownie de chocolate branco com goiabada e sorvete de creme para acompanhar.



Horário de Funcionamento: Ter a dom, das 18h ao último cliente
Cartão de crédito: Sim.
Cartão de débito: Sim.
Acesso para deficiente: Sim.
Tipo de bar: Bar
Tipo de restaurante: Variado



Miniatura Leviano BarAvenida Mem de Sá, 47 Lapa Rio de Janeiro - RJ

21  2507-5779 21  2507-5967


Divulgação Leviano Bar


Divulgação Leviano Bar


Divulgação Leviano Bar


Divulgação Leviano Bar




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O programa foi inédito: jantar na Lapa (há aaaanos não frequento o bairro à noite) e assistir a um show no Circo Voador, que, como é de praxe, começou praticamente no dia seguinte. Sobrevivi. E curti. A Lapa, para quem não sabe, tem duas de suas principais ruas, a Mem de Sá e a Riachuelo, fechadas ao trânsito de veículos nas noites de sexta e sábado. Nada de ônibus, carros, buzinas, fumaceira, pisca-alerta e flanelinhas. As ruas viram enormes calçadões de pedestres onde tudo acontece. Só isso, já vale a investida.

O lugar vira um happening, um divertido vaivém de gente dos mais variados tipos e procedências (os turistas já descobriram há tempos) circulando da Sala Cecília Meirelles à Gomes Freire. Me fez lembrar da Rua das Pedras, em Búzios, só que tendo os Arcos da Lapa como pano de fundo. E a Catedral Metropolitana (cuja iluminação muda de cor), os casarões centenários em bom estado... Pensando bem, a única semelhança com Búzios são os pedrestes. E parou aí.

Nosso programa “casado” começou no Leviano, espaço novo, no comecinho da Mem de Sá, cujo barman uruguaio (Fabian Martinez) desfruta de boa fama lá em Punta. Além disso, o cardápio é de Daniel Pinho (chef do São Vicente, entre outras coisas), de quem gosto bem. E a casa ainda tem Letícia Lomba, que conheci no Gula Gula e no Ráscal, como uma das sócias.

Tudo conspirava a favor da noitada. Amigos queridos, filha, ingressos na mão e mesa bem localizada. A casa centenária, que durante anos abrigou um borracheiro (que já me socorreu muito), é um grande vão com mesas e vista tanto para a Riachuelo quanto para a Mem de Sá. O vento circula e das mesas se testemunha o frenesi do bairro. Os comes são bacanas: palitos de polenta fritos e sequinhos, com molho de gorgonzola (R$ 16, dez ), queijo coalho empanado com molho de goiaba e gengibre, adoráveis (R$ 18, dez), bolinhos de feijoada recheados com linguiça picante (R$ 18, oito), e potinhos de bobó e de risoto de frutos do mar (R$ 23).

Bebemos com fé na fonte do barman hermano: clericôs (R$ 23, a jarra) impecáveis, não fossem os uruguaios os mentores do drinque (e os argentinos têm que engolir essa). E alguns golinhos de martínis inventivos, leves e gostosos: R$ 11,90, o mais caro.

O porém ficou por conta da música altíssima e do teor etílico do grupo. Encarar um show em pé, no Circo, foi dose, quase malabarismo.



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quinta-feira, maio 05, 2011

Joaquina - Leme

Joaquina - Leme:

Sucesso na Cobal do Humaitá, o Joaquina expande seus horizontes e finca bandeira em plena Avenida Atlântica, no Leme. A decoração, com piso de madeira de vários tons, luminárias antiguinhas e espelho de moldura dourada, segue a linha da matriz. O cardápio também é igual, com petiscos como bolinhos de arroz recheados de calabresa, minicroquetes de carne e linguiça mineira com farofa e pão. A diferença é que, em vez de ficar sentando junto aos carros do estacionamento da Cobal, os clientes curtem a maresia e a vista para a praia.



Sinopse: Sucesso na Cobal do Humaitá, o Joaquina expande seus horizontes e finca bandeira em plena Avenida Atlântica, no Leme. A decoração, com piso de madeira de vários tons, luminárias antiguinhas e espelho de moldura dourada, segue a linha da matriz. O cardápio também é igual, com petiscos como bolinhos de arroz recheados de calabresa, minicroquetes de carne e linguiça mineira com farofa e pão. A diferença é que, em vez de ficar sentando junto aos carros do estacionamento da Cobal, os clientes curtem a maresia e a vista para a praia.
Horário de Funcionamento: De domingo a quinta-feira, das 11h30m às 2h. Sexta e sábado, das 11h às 3h.
Tipo de restaurante: Brasileiro, Sanduíches
Cartão de crédito: Sim.
Cartão de débito: Sim.



Miniatura Joaquina - LemeAvenida Atlântica 974 Leme Rio de Janeiro - RJ
http://www.joaquinabar.com.br/joaquinabar_home.asp
21  2275-8569  
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Divulgação/Filico Joaquina - Leme


Divulgação Joaquina - Leme


Divulgação Joaquina - Leme




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— Leme, Jefferson? Você não sai mais do eixo Copacabana-Quase Copacabana...

— É que o Joaquina acabou de abrir filial lá. Coisa de um mês. Algum problema, Eduardo?

— Quem sou eu... Não é você que se gaba de não repetir bar na coluna?

— Sou. É que o Joaquina é diferente. O bar do Humaitá é bom demais. Quando você provar os croquetes, os bolinhos, as linguiças, vai entender.





Joaquina - Leme - http://www.joaquinabar.com.br

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